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Consoante ao entendimento de Lanna (2016:49), o sistema self-service contribui para o
desperdício, pois geralmente não há conscientização do cliente para servir-se apenas o que irá
consumir, gerando imenso descarte de comida afável.
De maneira análoga, Varela explana: “os desperdícios sejam eles de alimentos que não são
utilizados, preparações prontas às quais não chegam a serem servidas, ou, os restos dos pratos dos
usuários, são perdas que podem ser evitadas.” (Varela, 2015:14)
Acerca dos tipos de comércio de alimentos, atualmente o que mais está desperdiçando no Brasil,
são as feiras ao ar livre, que detém pouca tecnologia e acabam por perder muitos alimentos que
não são rapidamente vendidos. Tal como afirma Lanna:
Numa pesquisa “empírica” feirantes alegam que eles já recebem
produtos muito perecíveis como frutas e legumes em péssimo estado e o
consumidor não compra esses alimentos, consequentemente o
desperdício fica muito grande. Os feirantes alegam, também, que
quando chove a frequência à feira diminui, pois muitos usuários não
comparecem. (Lanna, 2016:47)
Os mercados não estão fora do complexo desperdiçador, nas palavras de Ataíde, de cada 100
caixas produzidas, só 9 chegam à mesa do consumidor, os supermercados desperdiçam 2,52% do
seu faturamento, o que equivale por volta de 2 bilhões de reais por ano. (Ataíde et al.,2008:2)
“As maiores perdas de alimentos no mundo são provenientes da América Latina, chegando ao
percentual de 6% do total consumido mundialmente”, reitera Varela (2015:34), tanto desperdício
poderia além de alimentar os necessitados, ser investido e utilizado de maneira a reaproveitar o
máximo dos alimentos. Condizente com Ataíde:
Como o homem necessita de uma alimentação sadia e rica em
nutrientes, isto pode ser alcançado com partes de alimentos que
normalmente são desprezados, como talos, folhas, cascas, sementes, e
com isto além de um aproveitamento integral dos alimentos, diminui-se
o gasto com alimentação, melhora-se a quantidade nutricional do
cardápio (…). (Ataíde et al.,2008:4)
Conclusões
Concluí-se que a relação entre a alimentação e a sustentabilidade estão intimamente ligadas, haja
vista o caráter social de preservação dos recursos naturais que o desenvolvimento sustentável